26.8.09

Porque é tão difícil quando alguém se vai?

O título certamente não foi um dos melhores, mas eu precisava vir até aqui pra desabafar. Aliás, fazia um certo tempo que não vinha aqui com o intuito de deixar as minhas emoções, os meus segredos, os meus desabafos e sair com a alma aliviada, como pretendo sair assim que acabar este post.
Voltando ao título, "Por que é tão difícil quando alguém se vai?", não é simplismente ir, não é um amor que vai, não é um amigo que viaja, não é uma paixão que acaba, é uma pessoa muito importante, da família, do sangue, que eu amava muito e talvez nunca tenha tido a possibilidade pra dizer o quanto o amava. Desde o falecimento, está é a primeira vez que escorre pelos meus olhos as lágrimas de uma certeza: ele não volta mais, ele se foi. Realmente, é muito triste, muito mesmo, eu nunca tinha perdido alguém importante, nunca tinha visto a minha família reunida por uma causa totalmente infeliz.
Todos temos a ideia de que os pais vão primeiro e os filhos ficam, mas meus avós estão vendo o segundo filho partir, não imagino o tamanho da dor, só sei que deve ser enorme e que são fortes, muito fortes, outras pessoas se entregariam pra vida, se deixariam levar pelas circunstâncias, mas eles estão sempre lá, firmes e fortes.
Ontem eu entrei em choque que não conseguia pensar, não conseguia imaginar, que ele de fato tinha nos deixado, pra sempre, sem volta, sem retorno, não era mais uma das viagens dele, agora, era um fato mesmo, um fato que nem eu, nem ninguém poderíamos mudar. Eu esperava que eu fosse chorar até desidratar, mas não foi isso que aconteceu, só queria ficar quieta, na minha, em "coma". Mas, o mais interessante é que quando fiquei sabendo que ele estava no hospital, não consegui conter o pranto, chorei, chorei, chorei, mesmo acreditando que ele fosse sair dessa, não acreditei que perderíamos o nosso chapolin colorado.
Ontem foi um dia triste, hoje também será, a família inteira reunida buscando o consolo, a força, todo mundo junto, é nós estamos sofrendo muito, hoje não sei se vou conseguir ser forte e conter o pranto, realmente não sei.
Termino por aqui, pois o banho, o almoço e minha família me esperam, só quero finalizar dizendo que aonde quer que esteja eu sei que estará bem, tu foi uma pessoa maravilhosa, um amigo incrível, um tio que era como se fosse um pai pra mim, queria muito ter te dado um último aperto de mãos, um último sorriso, uma última saudação colorada, mas talvez seja bom ter ficado com as lembranças maravilhosas, das piadas, do carinho, dos sorrisos, dos churrascos, aniversários, das nossas conversas, sempre te amei muito!
Luto: Tristeza profunda. Do dicionário, eu escolho esta definição.

Mi cariño, obrigada por tudo, por ser quem és, pela força, pelo carinho, não sei o que seria de mim se não fosse tu, iluminando a minha noite, minha manhã, minha tarde, minha madrugada, meus pensamentos, minhas mágoas.

21.8.09

Jogue o arrependimento na lata do lixo (:


É sempre interessante escrever sobre uma história da gente, além do mais quando ela tem final feliz. O que arrependimento tem a ver com tudo isso? Ok, certa vez, em certo ano, uma paixão incrível e muito curta arrebatou meu coração de vez, me fez largar pessoas, coisas, amores, ilusões e dar a cara a tapa, mas em pouco tempo a vida real bateu na porta me alertando sobre as grandes diferenças - em todos os aspectos - e fazendo com que eu me afastasse antes do fim desta história.

"Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca" Arnaldo Jabor.

Logo, usamos de desculpas esfarrapadas para terminar uma relação, sempre defendo isso. Mas desta vez não se trata disso, se trata de algo além, o arrependimento que ficou em mim por ter me precipitado. Consegui, recentemente, me livrar deste peso enorme, peguei o arrependimento e joguei na lata do lixo, aonde já devia ter ido morar a tempos! Pra que carregar algo que não nos acrescenta em nada? Se foi bom o suficiente pra se arrepender, leve consigo as lembranças boas, as risadas, as noites, as bebedeiras, o carinho. Acredito que seria melhor trocar o arrependimento pelo carinho. Pessoas que foram importantes, sempre serão, hoje, amanhã... Não importa quando nem onde, elas fizeram parte da nossa história e certamente não gostariam de saber que levamos conosco o arrependimento.




"O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar." Crônica do Amor, Arnaldo Jabor.

13.8.09

Insensato Destino


Well, é sim uma referência à música "Insensato Destino", mas se pensarmos bem quantas vezes o destino nos prega certas peças sem cabimento? Aquele cara que parecia tão especial e de repente, não mais que de repente, se mostra igual a todos, aquele trabalho que ficas a noite inteira a fazer para entregar no outro dia e o professor acaba por ficar doente e adiar a data de entrega, aquele doce maravilhoso que comprastes na confeitaria e quando está a chegar em casa derruba-o no chão... Seriam coisas do destino?
Tem também a pergunta clichê que a todos vem dividir, ou já dividiu, em algum momento da vida "Coincidência ou Destino?"... Humm, posso garantir que várias situações passam como um filme em nossas cabeças. Para escrever aqui fui procurar o que seria coincidência pelo dicionário, e levarei para o resto da vida esta descrição: "simultaneidade ocasional", existe algo mais perfeito que isso? Até o som das palavras se encaixam com primor! Ahh e quanto ao destino? Insensato ou não, uma bela descrição seria "poder supremo que supostamente predetermina o curso dos acontecimentos". Insensato? "Falta de senso ou razão; louco; demente", adorei o "demente"!
Meu destino é bem demente mesmo, mas acredito mais nele do que nas coincidências tão ditas pelos incrédulos. Acredito que, se conhecestes certa pessoa em certa época, quer seja um amigo ou uma paixão ou quem sabe, o amor da tua vida, é porque era assim que deveria ser, maktub!

"
Oh! Insensato destino Prá quê? Tanta desilusão No meu viver (...) Destino! Porque fazes assim? Tenha pena de mim Veja bem Não mereço sofrer"

(Trecho de "Insensato Destino")