31.10.09

Mudanças - Parte II



É engraçado, mas nós, mulheres estamos, desde sempre, em função dos nossos cabelos. Quer seja para se queixar, quer seja para mudar, quer seja para melhorar. Sou uma pessoa que necessita de mudanças constantes, de algo novo e me canso das coisas muito rápido. Logo, eu sou uma cliente assídua no salão de beleza. Tive uma grande mudança a dois anos atrás, entrei loira, com os cabelos compridos e sai morena de cabelos curtos (chanel). 
As mulheres, em sua maioria, tem este tipo de atitude quando acabam uma relação, vão viajar, vão mudar profissionalmente, ou seja, quase sempre a mudança no cabelo significa uma mudança na vida feminina. Ao contrário do que a "regra" diz, eu mudei porque fui inspirada por um filme.


Sim! Um filme! Sempre eles na minha vida, marcando, sugestionando, resolvendo, fazendo pensar. É um filme bem conhecido, "O Advogado do Diabo", aonde a lindíssima Charlize Theron aparece loira, de cabelos medianos e encaracolados e depois resolve escurecer para um tom de ruivo e com corte chanel. Fiquei completamente doente pela cor e pelo corte. Sim, eu que sou fanática por mudanças, como que não ia ficar radiante? Cortei como o dela, só não mantive a cor, optei pelo castanho. Depois me arrependi, quis os meus cabelos compridos de volta. Hoje em dia não me vejo mais com aqueles cabelos que representam meus 15 anos e toda uma bagagem de lembranças sem fim. Não sou carioca, não sou tradicional, não sou do funk, não sou cuidadosa, sou ansiosa e vivo numa constante mutação, logo, cabelos compridos não "combinam" comigo. Nada do que eu gosto, do que eu faço, do que me identifico, fazem qualquer relação com melenas a la Rapunzel. Esta semana fiz uma mudança leve, cortei uma franja e cortei um bom pedaço do comprimento. Eu ainda estou me acostumando com a franja e com todo o trabalho que ela me dá, porém, agora dá pra deixar secar ao natural e só dar um jeitinho nela, sem secadores, sem chapinha, a cara do verão e a minha cara também. Afinal, nada que dê trabalho, que demore, que seja arrumadinho demais vem a combinar comigo. 


Já escrevi um post sobre mudanças aqui e pelo visto ainda estou neste ciclo. É ótimo mudar o cabelo, o visual, o jeito de falar, o jeito de se comunicar, rever os seus conceitos e preconceitos. Eu fiz tudo isso desde aquele post até aqui, até hoje, e o que tenho a declarar é que não importa o quanto mais eu vá mudar ou as coisas e pessoas que me rodeiam, não importa o que mais possa mudar e nem até quando essas mudanças vão ir, mas estou amando o caminho que elas estão me levando. 


A cada dia que passa me sinto mais leve, mais feliz, mais realizada, com mais determinação para seguir a minha dieta, para estudar, para ler, para escrever. Não importa o que mudou, nem o que pode mudar, o que importa é esta sensação de felicidade que mora dentro de mim. Eu devo isso à essas mudanças, às pessoas que eu amo, às que eu aprendi a amar e às que eu insisti em não ver que amava.

"Mas eu tô querendo, querendo trabalhar meu lado sensibilidade. Agora eu quero só você pra gostar de verdade." - Júpiter Maçã (05.11.09)

21.10.09

Algodão Doce


É engraçado gostar tanto de Algodão Doce.
É algo vazio, doce, grudento.
Será que dá pra fazer alguma relação disso com a paixão?
Acho que sim, algumas são realmente vazias, doces e grudentas.

Dividir é completamente diferente de ser.

17.10.09

Mudanças


Não, eu não vou me mudar.
São mudanças, primeiramente internas.
O que já é de demasiada importância.
Afinal, quem sai por aí mudando de rumo, de profissão, de "amor", de amigos, de família, de vida, antes de mudar isso dentro de si?
É algo que se transforma dentro da gente.
E isso aconteceu, o primeiro passo foi dado sem eu nem perceber, mas os seguintes consegui perceber com clareza hoje. É evidente que não tenho certeza de nada, nem de que é certo, nem de que é errado, só tenho certeza de que quero ser feliz.
Mudei de orkut (é bem verdade que não foi por vontade própria), mudei o nome do blog, mudei de ideia pro meu tcc, mudei de ideia sobre a mudança no visual, mudei de ideia sobre o piercing transversal que eu tanto queria, mudei de ideia sobre beber todos os finais de semana.
Mudei de ideia, mudei conceitos, mudei coisas, mudei objetos, mudei a cara, mas o sentimento não mudou, a vontade não mudou, o carinho não mudou, tão pouco o beijo e as mãos entrelaçadas no cinema. Escrevi um texto que não era pra uma pessoa, mas ao lê-lo ficou sendo pra ela. Coisas tem mudado na minha vida sem eu notar.
Tudo muda, o tempo inteiro. Mas eu continuo achando que "felicidade é poder estar com quem você gosta em algum lugar". As coisas são como devem ser. Se eu fugi dessa mudança, se eu lutei contra, se eu peguei atalhos, se eu andei por ruas que pareciam labirintos, se eu fingi não ver, não notar e não perceber, hoje posso assegurar que o beco em que eu entrei era sem saída.

Vamos descobrir o mundo juntos, baby ♪

13.10.09

A hora


A gente nunca sabe quando chega "a hora".
A vida nos impõe esta dúvida desde que nascemos. Seria a hora certa para o primeiro beijo, para a primeira vez, para o primeiro adeus, para a primeira morte, para o primeiro nascimento...?
Então a vida passa e a gente nunca vai saber se era realmente a hora certa ou se devíamos esperar uns minutinhos, umas horinhas...
Na verdade, a vida é um eterno arriscar. Arriscamos o tempo inteiro, pois nunca temos certeza de alguma coisa.
Ontem eu tomei uma decisão, uma decisão dupla, e espero conseguir mantê-la. Afinal quando se anda junto, só existe uma forma de separar-se de vez. É a forma mais radical, mais dolorida, mais cruel, mais abrupta, mais errada ou a mais correta. O que importa é que os fins justificam os meios.
É uma felicidade dupla que está em jogo, ou talvez tripla...
E chegou "a hora" de deixar partir, de me afastar, de não atrapalhar, de não provocar.
É bem verdade que nunca sabemos quando o amor bate à nossa porta, mas não é correto atrapalhar um possível. Também não é correto se prender em alguém que coração e razão veem de forma completamente diferente.
É, realmente, a maioria das pessoas diz que sou fria e que sou mais razão do que coração. Discordo, me sinto metade de cada. E é isso justamente o que me trava, o que me atrapalha. Não sei me entregar, não sei demonstrar sentimentos, não sei dizer que amo, reluto em dizer que odeio, não sei falar de amor com quem eu gosto, não sei de quem gosto, e sou confusa, deveras confusa.
Confusão talvez case com liberdade. Afinal quem é confuso não deve se prender a ninguém, e ama a liberdade por poder ir e vir e ter suas confusões sem sofrer tanto assim.
Mas e quando chega "a hora"? E não falo de partir, e sim de ficar. Como saber?
Eu nunca soube, só soube depois que parti. Putz, isso é cruel! Depois do adeus, dizer até logo é realmente complicado. E a vergonha? Sou completamente tímida, embora as pessoas digam que não.
Sou reservada, levo meus problemas só para o travesseiro, e também só porque ele é surdo e mudo.
Não tenho certeza de que é isto que realmente quero, mas estou quase certa de que é o melhor a fazer. Já me disseram que tenho o dom de me afastar das pessoas. Não sei se é um dom, mas faço isso toda a vez que sinto que o meu lugar não é mais ali. Já me disseram que assim é mais fácil, mas quem diz isso não sabe da dor que é se afastar. Por mais que não se ame, que não se goste tanto, sempre é triste largar lembranças, deixar para trás. Não é como virar a página, é fechar o livro e guardar, não na estante, mas na gavetinha das bagunças. Afinal, talvez um dia chegue "a hora" de abrir e começar a ler, vendo com outros olhos a mesma história.
Mais dia, menos dia, voltarei aqui para escrever um talvez "arrependimento" ou talvez outro título mais positivo em relação à minha desastrosa vida amorosa, que já nem existe mais.

Não chorei, como um louco eu até sorri :)

8.10.09

Realidade ou ilusão?


Você não estava lá para me aquecer nas noites frias.
Não enxugou minhas lágrimas de dor, de vazio, de amor, de paixão, de outro alguém, muito menos as suas.
Não recebi nenhum telefonema, nem flores, nem declaração de amor, nem nada que pudesse vir a me surpreender durante todo este tempo.
Ah, se eu esperei? Dizem que a paixão faz a gente cometer loucuras e pensar loucuras maiores ainda... É, talvez eu tenha pensado, acreditado ou desejado tudo isso...
Não houve briga, discussão, ofensas, desrespeito, só a distância e é isso que tem existido entre nós durante este tempo todo.
Eu sei por que estou escrevendo tudo isso, a única coisa que eu não sei mais é o que sinto, mas as minhas palavras são sinceras, são honestas, como sempre foram pra ti. Embora honestidade talvez não importe tanto assim, não é?
Talvez todas as coisas que me dissestes, que escrevestes, que sonhastes comigo, que planejastes comigo, talvez, tudo isso seja na realidade nada.
Isso dói, isso não fecha, e digo "isso" porque não sei que nome dar a este sentimento louco que me invade toda a vez que nossos olhos se encontram. Confesso, minha cabeça tem noção do tempo, mas meu coração não, então posso lhe assegurar de que é muito tempo sem te ver.
É muita saudade, é muita risada deixada pra trás, são frases que esquecemos, músicas que não falamos mais, são poesias que só fazem sentido pra mim, pois tu nem as conheceu.
Também não conheceu o meu sofrimento, não conheceu a minha dor, nem a minha tristeza, por que eu sempre fui pra ti "maravilhosa" - e "louca" - né?
E, o mais estranho é que o tempo pode passar, mas nada disso passa, não totalmente. As lembranças não dizem "adeus", elas vivem, moram, comem e dormem na minha memória.
Cada frase que dissestes ou que escrevestes, eu não me esqueço jamais.
Cada palavra, por pior ou melhor que tenha sido, estão guardadas em mim.
O teu corpo, bom, nem vou comentar, é como se fosse um só quando estamos juntos. E não, eu não falo só de sexo, é mais além, muito mais.
Nunca diga adeus, diga até logo, porque o adeus fere e parece ser pra sempre. Embora eu tenha dito várias vezes adeus, sem que soubessses.
Ter conhecimento de tudo isso não é o mais importante, o mais importante é que tu saiba que não é mais um texto qualquer do meu blog.
Eu posso ser louca, passional, apaixonada, criança, mas meus olhos não mentem quando cruzam os teus. Ah os olhos! Sempre eles! Me entregam de uma maneira cruel.
Já não me importa o que os nossos olhos querem dizer, se sabes ou não decifrar os meus, se gostas ou não das mesmas coisas que eu, nada disso tem importância e sim, o que sentimos.
Nem sei mais o que dizer.


Você vive de realidade ou ilusão?


Talvez Arnaldo Jabor tenha razão ;)